Diz-se que um lobo, ao ver a lua num poço, julgou tratar-se de um queijo. Por conselho da raposa, desceu ao poço e nada encontrou, e ali ficou com tristeza. Ao encontrarem-se ali uns rurais, mataram-no a pedrada. Assim, um religioso vê no poço da vaidade mundana a lua a caminhar na sua claridade; acreditou o estulto no conselho da raposa, figura da concupiscência carnal, que o bem transitório e mutável é verdadeiro e duradouro. Enganado, desce de Jerusalém para Jericó, da altura da contemplação para o poço da cobiça; e assim cai nas mãos dos ladrões, que o despojam e enchem de feridas, e se retiram, abandonando-o semivivo.
Sermões de Santo Antonio
segunda-feira, 3 de março de 2008
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