Os 30 hospitais públicos estaduais da Grande São Paulo economizaram R$ 4,5 milhões nos primeiros 30 dias de vigência da Lei Seca, de acordo com cálculos feitos pela Secretaria de Estado da Saúde a pedido da Folha . A economia se deve à redução do número de vítimas de acidentes de trânsito provocados por motoristas alcoolizados. A quantidade de pacientes, 30 dias depois do início da lei, caiu pela metade.
Segundo a Secretaria, se fosse mantida a redução de vítimas de trânsito, os mais de R$ 50 milhões que seriam economizados ao longo de um ano possibilitariam a construção de um hospital de médio porte, com 200 leitos.
Mortes
Um balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aponta redução de 63% no número de mortes por acidentes de trânsito após a vigência da chamada lei seca. O levantamento teve como base registros feitos em três unidades do IML (Instituto Médico Legal) instalados nas regiões sul, leste e centro --que atende também as regiões norte e oeste-- da cidade de São Paulo.
O comparativo que aponta redução foi feito levando-se em consideração as médias obtidas a partir das operações realizadas em semanas do mês de junho (de 5 a 8, 12 e 15 e de 19 a 22), com as três seguintes (dias 26 a 29 de junho, e de 3 a 6 de julho e de 10 a 14 de julho).
Para efeito de análise, foram coletados os dados relativos de quinta-feira a domingo, justamente quando a operação Direção Segura é realizada pela PM.
A análise do total das mortes aponta que a média de cada semana passou de 11,7 mortos --se analisadas as três semanas de junho-- para 4,3 nas posteriores.
"Não pegou"
Apesar de bem-sucedida em São Paulo, a lei seca ainda não pegou nas cinco capitais brasileiras campeãs nas taxas de mortalidade no trânsito: Porto Velho (RO), Macapá (AP), Palmas (TO), Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS). Em duas dessas cidades, não há bafômetros. Nas outras, as blitze, quando ocorrem, são tímidas.
As cinco registraram, em 2006, de 26 a 29 mortos no trânsito a cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. São índices próximos aos das cidades africanas, que em 2004 tiveram média de 28,3 mortos --considerada alarmante pela Organização Mundial da Saúde.
Fonte: Folha de São Paulo
sábado, 26 de julho de 2008
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