Transcrito

da Folha Online
Mesmo com o registro de sua candidatura a vereador de São Bernardo indeferido pela Justiça Eleitoral, Marcos Cláudio Lula da Silva (PT), filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terá seu nome e foto na urna eletrônica no dia da votação, no próximo domingo (5).
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os eleitores também poderão votar em Marcos Lula, mas se a decisão final for contrária ao candidato, ele perderá todos os votos que receber.
Ontem, o TSE rejeitou o segundo recurso de Marcos Lula e manteve a sua inelegibilidade por entender que sua candidatura contraria a Constituição.
A Constituição prevê, no parágrafo 7º do art. 14, que são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, os parentes de presidente da República, governador e prefeito, a menos que já seja titular do mandato e candidato à reeleição.
O advogado Humberto Rocha, que defende Marcos Lula, ressaltou que situação do filho do presidente ainda está sub judice, pois ainda cabem recursos no próprio TSE e até no STF (Supremo Tribunal Federal).
"O indeferimento do registro de candidatura de Marcos não o impede de ser votado, pois a questão encontra-se sub judice. O nome dele vai aparecer nas urnas e ele poderá ser votado e eleito", afirmou Rocha.
Marcos Lula é filho do primeiro casamento da primeira-dama, Marisa Letícia, que ficou viúva e depois se casou com Lula --que adotou Marcos Cláudio quando ele tinha 3 anos.
O advogado adiantou que vai apresentar novo recurso no TSE. "Marcos Lula vai recorrer da decisão junto ao próprio TSE e continuará em campanha na busca dos votos dos eleitores, tudo dentro da legalidade", disse o advogado.
Marcos Lula disse que está e confiante na Justiça e que irá até as últimas instâncias para garantir seus direitos eleitorais.
"Estou confiante que a justiça será feita. Tivemos algumas conquistas que nos animou bastante. Obtivemos parecer favorável da Procuradoria Geral Eleitoral, tivemos dois votos favoráveis no primeiro julgamento do TSE e, ontem, conquistamos uma vitória parcial, o que é muito positivo e nos dá embasamento jurídico para dar prosseguimento ao processo. Agora vamos recorrer da decisão junto ao TSE e ao STF e prosseguimos confiantes, disse o candidato.