domingo, 11 de novembro de 2007

Vitamina D ajuda a retardar envelhecimento, diz estudo
da BBC Brasil
A vitamina D, produzida quando a pele é exposta à luz do sol, pode ajudar a desacelerar o processo de envelhecimento das células e tecidos, de acordo com pesquisadores britânicos.
Um estudo do King's College London com mais de 2 mil mulheres revelou que aquelas que tinham níveis mais elevados de vitamina D apresentavam menos alterações em seu DNA associadas ao envelhecimento.
A falta da vitamina D já foi ligada ao desenvolvimento de esclerose múltipla e artrite reumatóide.
O material genético dentro de cada célula tem, embutido, um 'relógio', que registra as várias divisões de cada célula.
O encurtamento de filamentos de DNA chamados telômeros é uma forma de examinar o processo de envelhecimento em um nível celular. Estas extremidades dos cromossomos vão encurtando ao longo das divisões celulares às quais as células são submetidas ao longo da vida, até ficarem tão curtas que se tornam inviáveis.
A equipe britânica examinou 2.160 mulheres, com idades entre 18 e 79 anos, e verificaram a concentração de vitamina D no sangue, comparando esse dado ao comprimento dos telômeros em seus glóbulos brancos.
Levando em conta a idade das voluntárias, os cientistas verificaram que as mulheres com níveis mais altos de vitamina D no organismo tinham maior probabilidade de ter telômeros mais longos nessas células.
Luz do sol
De acordo com os pesquisadores, os resultados demonstram pela primeira vez que as pessoas com níveis mais altos de vitamina D podem envelhecer mais lentamente do que pessoas com níveis mais baixos.
"Embora possa soar absurdo, é possível que a mesma luz do sol que pode elevar nosso risco de câncer de pele, também pode ter um efeito saudável sobre o processo de envelhecimento em geral", disse Tim Spector, que participou da equipe de pesquisa.
O trabalho científico, publicado no "American Journal of Clinical Nutrition", não chega a comprovar causa e efeito.
Seus autores admitem que embora o estudo sugira uma ligação entre a concentração de vitamina D e o comprimento dos telômeros, ele não comprova de maneira inequívoca que a vitamina D seja responsável por esse efeito, ou se há algum outro fator não identificado na pesquisa.

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