terça-feira, 27 de novembro de 2007

Rádio Café São Luís

Ontem no Café Luís, local tradicional frequentado por autoridades, intelectuais, boêmios, aposentados e outros segmentos de nossa sociedade, situado na rua Princesa Isabel, centro. Era grande o comentário sobre o uso do suposto crime de estelionato político no INSS, agência da rua apodí. Várias eram as opiniões. Escutamos de um senhor do alto dos seus oitenta anos: se o Ministério Público tivesse interesse, era só ir nos bairros e coletar os nomes das lideranças da pré-candidata a vereador, pegar o endereço, depois exigir do INSS se tais pessoas ou parentes, conseguiram algum tipo de benefício no INSS. Aí o resto é moleza. Um outro comentário interessante foi um jovem aparentando uns vinte e cinco anos, desempregado, que se mostrava indignado: olha é só anotar as placas dos carros, são muitos, que estão com o adesivo da candidata para 2008, ir ao Detran e saber quem é proprietário do veículo ou seu parente, depois consultar o INSS e fazer o rastreamento.
Olha gente, em política só não havia visto um boi voar, como dizia o ex-senador Dinarte Mariz, mas depois que trouxeram de avião uns bois da Europa para o RN, não falta mais nada.
Realmente a coisa é mais séria do se pensava. O que a pré-candidata faz é passar para o segurado que o benefício foi ela que conseguiu e não o INSS, com isto, exigir o voto, não só do segurado, mas de toda família. Se prestarmos atenção iremos constatar que uma pessoa sabidamente sem carisma, sem dinheiro, agressiva, com péssimo relacionamento no trato com colegas e sem nenhum outro serviço prestado, a não do INSS, obteve uma expressiva votação na eleição passada, não tem outra explicação. O pior de tudo isto é que o gerente do órgão até agora não tomou uma atitude séria, eficaz, enérgica. Talvez tenha feito algum ofício "pra qui pra colá",
no intuito de se defender de um futuro processo. Concluindo: que a pré-candidata tem costas largas, tem. Que a pré-candidata não atua sozinha, não atua.

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