Hoje o Oasis apenas existe na memória de muitos frequentadores daquela época, onde encontramos uma figura que deixa transparecer a constante dúvida de um relacionamento homoafetivo nos áureos tempos daquela casa de divertimentos.
Até aí tudo bem, só que a infeliz criatura cismou de achar que um dos frequentadores do Senadinho do Midway foi seu contemporâneo daqueles encontros onde ele se divertia emprestando o tal do Zé Golinha. Não é que ele criou a paranoia de toda vez que ver o suposto homem do seu mundo imaginário, ficar dizendo que certo dia o viu no Oásis. Acrescenta ainda, foi mesmo, estou reconhecendo, você usava uma camisa azul e uma calça boca de sino e sapato cavalo de aço.
Tratava-se, segundo ele, de um rapaz bonitinho que gostava de pegar os veados no tempo em que o Oásis estava em plena atividade. A maluca figura guardou a lembrança dos tempos que a boneca não conseguia deter a explosão hormonal do seu lado feminino.
A paranoia é tão grande que o infeliz é visto de vez em quando dizendo foi ele foi ele, eu lembro-me bem, aquela camisa azul, aquele sapato cavalo de aço! Eu lembro, eu lembro, era ele, era ele. Outra mania é quando vai ao sanitário do midway, olhar os pênis dos que urinam ao seu redor. Esticando sempre aquele olhar de revestrés para posteriores comentários dos tamanhos dos diversos pênis.
Só que apareceu um dos gaiatos frequentadores do
senadinho que deu a seguinte sentença dirimindo qualquer dúvida dos antigos
amores da referida figura: “A maior
prova desta paixão é que ele lembra até a cor da camisa do rapazinho. Agora, pergunte a ele
se ela lembra a cor do vestido da mulher dele no Natal há três anos? As gargalhadas tomaram conta do recinto".
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