Num passado não muito distante, nossos
meios de comunicação narravam o clima de violência no mundo inteiro. Era o que
se passava no Golfo Pérsico, a invasão do Kuwait por tropas do Iraque, era o
conflito envolvendo árabes e a população judaica, eram histórias horrendas do
ditador líbio Muammar Kadáfi, enfim situações estarrecedoras que muitos de nós
dávamos graças a Deus em morarmos no Brasil! Ouvia sempre comentários que o
Brasil, apesar de certas dificuldades, era uma Nação de paz.
Na Colômbia funcionava o Cartel de
Medellín, uma rede de traficantes de drogas fundada na cidade de Medellín por Juan David Ochoa e depois liderada por Pablo Escobar até sua morte.
Pablo Escobar foi
um mito do narcoterrorismo, inteligente e hábil, sabendo como ganhar a simpatia
do povo colombiano, principalmente a população carente. Para isto, construía estádios
de futebol, financiava times de futebol, sempre dizendo tirar dos ricos em
benefício dos pobres. “Parece até que a mãe dele também nasceu analfabeta”.
Pablo Escobar
dominava juízes e políticos. Seu poder era tão grande que, segundo noticiário
da época, foi responsável pelas mortes de três candidatos à presidência da
república da Colômbia, e em 1985 foi acusado pelo assassinato da metade dos juízes
da corte pelas gurrilhas de esquerda. Na época, a revista Forbes estimou que
Pablo Escobar era o sétimo homem mais rico do mundo.
E o nosso Brasil
de hoje? Vemos em cada esquina um Pablo Escobar. Vemos o crime infiltrado nos
três poderes. Temos organizações tão poderosas quanto a da Colômbia daquela
época, somente num dia mataram oitenta policiais no estado de São Paulo. É o
PCC - Primeiro Comando da Capital. Como igualmente aconteceu com o governo colombiano,
nosso govervo fez acordo de conduta com os nossos bandidos. Como exemplo temos
o caso do “Marcola”, o homem que comandava o PCC em São Paulo deixando nossa Polícia
Militar de joelhos no estado de São Paulo.
Temos a morte de
Celso Daniel, aos cinquenta anos de idade, quando ocupava o cargo de prefeito de Santo André pela terceira vez, até hoje uma incógnita. Temos Pablo Escobar
travestido de banqueiros, de grandes construtoras. São eles os grandes
financiadores das campanhas políticas. Temos organizações infiltradas no bojo
presidencial, como é o caso dos mensaleiros onde a pressão do poder político
fez com que eles não tirassem um minuto só de cadeia. Tudo girando em torno do
dinheiro sujo, quando não é com narcotráfico. É como o desvio do dinheiro
público, um câncer que precisamos sarjar urgentemente de nossa Nação.
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