terça-feira, 29 de outubro de 2013

O CÂNCER QUE PRECISAMOS SARJAR! (Tadeu Arruda Câmara)




Num passado não muito distante, nossos meios de comunicação narravam o clima de violência no mundo inteiro. Era o que se passava no Golfo Pérsico, a invasão do Kuwait por tropas do Iraque, era o conflito envolvendo árabes e a população judaica, eram histórias horrendas do ditador líbio Muammar Kadáfi, enfim situações estarrecedoras que muitos de nós dávamos graças a Deus em morarmos no Brasil! Ouvia sempre comentários que o Brasil, apesar de certas dificuldades, era uma Nação de paz.
Na Colômbia funcionava o Cartel de Medellín, uma rede de traficantes de drogas fundada na cidade de Medellín por Juan David Ochoa e depois liderada por Pablo Escobar até sua morte.
Pablo Escobar foi um mito do narcoterrorismo, inteligente e hábil, sabendo como ganhar a simpatia do povo colombiano, principalmente a população carente. Para isto, construía estádios de futebol, financiava times de futebol, sempre dizendo tirar dos ricos em benefício dos pobres. “Parece até que a mãe dele também nasceu analfabeta”.
Pablo Escobar dominava juízes e políticos. Seu poder era tão grande que, segundo noticiário da época, foi responsável pelas mortes de três candidatos à presidência da república da Colômbia, e em 1985 foi acusado pelo assassinato da metade dos juízes da corte pelas gurrilhas de esquerda. Na época, a revista Forbes estimou que Pablo Escobar era o sétimo homem mais rico do mundo.
E o nosso Brasil de hoje? Vemos em cada esquina um Pablo Escobar. Vemos o crime infiltrado nos três poderes. Temos organizações tão poderosas quanto a da Colômbia daquela época, somente num dia mataram oitenta policiais no estado de São Paulo. É o PCC - Primeiro Comando da Capital. Como igualmente aconteceu com o governo colombiano, nosso govervo fez acordo de conduta com os nossos bandidos. Como exemplo temos o caso do “Marcola”, o homem que comandava o PCC em São Paulo deixando nossa Polícia Militar de joelhos no estado de São Paulo.
Temos a morte de Celso Daniel, aos cinquenta anos de idade, quando ocupava o cargo de prefeito de Santo André pela terceira vez, até hoje uma incógnita. Temos Pablo Escobar travestido de banqueiros, de grandes construtoras. São eles os grandes financiadores das campanhas políticas. Temos organizações infiltradas no bojo presidencial, como é o caso dos mensaleiros onde a pressão do poder político fez com que eles não tirassem um minuto só de cadeia. Tudo girando em torno do dinheiro sujo, quando não é com narcotráfico. É como o desvio do dinheiro público, um câncer que precisamos sarjar urgentemente de nossa Nação.



 

 

 

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