terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Gratidão.


Tributo a quem merece

É muito difícil falar mal ou bem de alguma pessoa. Falar de mal requer muita coragem, e de bem, mais ainda. Hoje nos meus solilóquios me peguei pensando como o Rio Grande do Norte às vezes perde a chance de ter um grande administrador. Há muito tempo eu sentia necessidade de ocupar este espaço para mostrar as qualidades de um homem, o que ele fez; de onde ele vem, suas propostas, e acima de tudo seu caráter. Sempre postergava, haja vista que era seu assessor. Prestando serviços para ele, podia incorrer em más interpretações como a famosa adulação. Como hoje não estou mais em sua equipe, voltando aos afazeres de antigamente, resta-me primeiro, o agradecimento, depois, a eterna gratidão, mãe de todas as virtudes, para um homem chamado Robinson Faria.
Pelo tempo que passei junto a ele, pude ver um verdadeiro dínamo. Robinson não para, tudo nele gira em torno de um ideal: o seu povo. Ele não é um político do Agreste (apesar de ser seu nascedouro político), do Seridó, do Alto-oeste, do Litoral, do Sertão... Ele é um político do Rio Grande do Norte. Como Presidente da Assembleia Legislativa, deixou sua marca indelével criando a TV Assembleia. Um instrumento de comunicação que leva a todos os lares do Estado o trabalho de nossos parlamentares. Não desmerecendo os demais, mas Robinson foi o presidente que abriu as portas da Assembleia à sociedade norte-rio-grandense, não só com total transparência, mas indo até cada região, através da Assembleia Itinerante, prestigiando os parlamentares, independente de cores partidárias. Como Deputado estadual, entre outros, criou o programa Cidadão sem Fome. Programa de grande alcance social que consiste em distribuir cestas básicas através da troca de cupons fiscais. Destina-se às pessoas inscritas no Programa Bolsa Família ou que comprove situação de pobreza.
Pouca gente sabe, mas o sangue que corre nas veias deste parlamentar é o mesmo sangue que correu nas veias dos grandes homens que marcaram a vida política e empresarial deste Estado. Juvenal Lamartine de Faria, advogado, jornalista, magistrado, Governador e Senador do Estado, era seu tio-bisavó. Amaro Mesquita, seu avô materno, foi um dos maiores comerciantes do Estado. Juvenal Faria, seu avô paterno, idem.
Quem não ouviu falar num senhor chamado Osmundo Faria? Pois bem, era o pai de Robinson Faria. Um homem dedicado ao trabalho, grande industrial que faleceu precocemente, deixando o maior dos legados: a força do trabalho. Dele tenho uma para contar. Na década de oitenta, ele recebeu a concessão da rádio AM Agreste e precisava comprar os equipamentos. Certo dia pede ao engenheiro, senhor Ronaldo Martins, que indicasse as indústrias fabricantes dos respectivos equipamentos. Sendo representante, fui um dos indicados e compareci ao prédio da Salina Amarra Negra para as devidas demonstrações: ”Preço, prazo de entrega, frete, etc.”. Lembro-me como se fosse hoje, ele me recebendo com um sorriso afável e pedindo que sentasse. Fez a primeira pergunta:
Tenho em minhas mãos propostas de dois transmissores, uma sua, da SNE (Sociedade Nacional de Eletrônica) e uma outra da Elvitec. As duas com preços semelhantes. Posso saber as vantagens de cada uma?
Pode, Senhor Osmundo, respondi olhando naqueles olhos penetrantes que diziam a mim ninguém me engana, o senhor compre o transmissor da Elvitec, além de ser melhor, consome menos energia.
No que ele me respondeu:
Que representante é você que não vende seu produto?
Respondi:
Se eu vendesse o meu agora, o senhor depois iria saber a vantagem do outro e eu perderia sua confiança para o resto da vida.
Ele finalizou apertando minha mão:
Procure Rommel, meu filho, e diga a ele que eu estou lhe indicando para venda de todos os equipamentos da rádio.
Voltando a Robinson. Tudo não foram flores no tempo que passei com Robinson. Alguns assessores possuídos por uma espécie de xenofobia política me atacaram sem dó e piedade, inclusive um conterrâneo, boicotando meu trabalho com calúnia, incompetência, às vezes ruindade mesmo. Mas em momento algum fui levar problema para o Deputado, confiava na sua capacidade de identificar as pessoas. Em compensação a tudo isso, muitos de seus assessores me estenderam o tapete vermelho recebendo-me com honras e respeito. Existe muita gente boa fazendo parte do estafe deste grande amigo.
Quem apostou minha briga com ele, quebrou a cara. Só brigo com mau caráter.
Desejo ao Vice-Governador e secretário de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, muita sorte.
Do seu amigo e admirador,
Tadeu Arruda Câmara.

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