quarta-feira, 18 de março de 2009

Vivendo e aprendendo. Postado por Tadeu arruda

O terapeuta americano Meir Shneider, de 46 anos, que criou um método próprio e eficaz de exercícios para reduzir deficiências visuais, chega ao Brasil esta semana para realizar workshops em São Paulo e atender no Rio e em São Paulo, pacientes com deficiências visuais que têm melhorado com sua terapia. Conhecido como self-healing, o tratamento reúne exercícios de respiração da ioga, massagens, movimentos ativos e passivos da musculatura dos olhos e visualizações.
Meir criou o método self-healing a partir de experiências com exercícios visuais do oftalmologista americano William Bates, do século XIX, numa tentativa obstinada de vencer a cegueira. Ele nasceu com catarata congênita, mal que hoje afeta também seus dois filhos, fez cinco cirurgias malsucedidas e foi dado oficialmente como cego aos 7 anos.
Na adolescência, conheceu um rapaz que obteve uma melhora surpreendente na visão com os exercícios de Bates e decicou-se a eles intensamente. Conseguiu ver efetivamente aos 17 anos e hoje tem até carteira de motorista sem restrições em Los Angeles, na Califórnia, onde leciona e forma terapeutas visuais há 29 anos. Nesse período, Meir constatou a melhora visual de cerca de dois mil pacientes. Os filhos de Meir, que cresceram com os exercícios alcançaram considerável melhora visual e estão livres da cegueira que afligiu o pai na infância.
A influência do estresse nas deficiências visuais:
Schneider citou as pesquisas do oftalmologista William Bates para reafirmar que as pessoas vêem basicamente com a mente e apenas uma pequena parte com os olhos.
- Bates comprovou que, exceto casos de origem genética ou causados por lesões, todos os problemas visuais são causados por extresse mental - disse Meir ao GLOBO, por telefone, de Los Angeles, antes de embarcarpara o Brasil.
As pesquisas constatam que é possível produzir por exemplo, graus de miopia em qualquer um que se estresse para ver algo à distância ou que evite ver, com medo de constatar uma deficiência.
- Bates diz que as crianças se tornam miopes nas escolas quando se estressam, por exemplo, para ler o que está escrito no quadro-negro. Ficam ansiosas com sua performance, o que dificulta ainda mais a visão. A postura corporal também as empurra à miopia. Os ombros se contraem e se inclinam para frente provocando um colapso respiratório e constrações da musculatura do pescoço e dificultando a circulação do sangue no cérebro e nos olhos.
Meir fará sessões de exercícios com brasileiros, entre eles o menino João Hossell, de 7 anos, que eliminou com a terapia a miopia de dois graus do olho direito e reduziu de 12 para 10,5 a do olho esquerdo. O oftalmologista Orlando Abdo, da Clínica de Olhos São Vicente, confirmou o fim da miopia do olho direito de seu paciente.
- Esses dois graus provavelmente foram provocados por espasmos da musculatura ciliar. Houve redução nos dois olhos, mas a miopia do olho esquerdo não reduzirá mais.
Meir fará uma palestra gratuita em São Paulo, amanhã (7 de maio), e de 8 a 11, quatro workshops (self-healing) massagem regenerativa, prevenção à LER, a lesão por esforço repetitivo e terapia visual). No Rio, dará cursos e palestras no fim de julho.
Exercícios para reduzir deficiências:
RELAXAMENTO: O relaxamento da mente e damusculatura ocular é fundamental para melhorar qualquer deficiência visual. Os olhos são órgãos, que trabalham cerca de 17 horas por dia e, mesmo durante o sono, se movem e o nervo ótico é estimulado. Um exercício que relaxa a musculatura dos olhos é a escuridão. Durante o dia, eles relaxam com alguns minutos de escuridão proporcionados pelas palmas das mãos, rapidamente aquecidas uma na outra, sobre os olhos. O exercício chama-se palming e é eficaz para a maioria das deficiências, especialmente para a conhecida vista cansada, que afeta pessoas de meia-idade.
LUZ: Os exercícios de luz como olhar o sol de olhos fechados por alguns minutos, atuam na abertura e no fechamento da pupila e, conseqüentemente, trabalham a musculatura interna dos olhos e estimulam as células da retina.
FLEXIBILIDADE: Exercícios como piscar os olhos rapidamente e brincadeiras lúdicas como ver de longe e ver de perto aumentam a flexibilidade da musculatura ótica.
VISÃO PERIFÉRICA: Exercícios que estimulam a visão periférica, com o paciente olhando fixamente para frente e o terapeuta estimulando sua visão lateral com lanternas, por exemplo, melhoram a visão noturna enquanto descansam a visão central.
ANDAR DE COSTAS: O método usa procedimentos para quebrar padrões psíquicos e corporais. Andar ou correr de costas, por exemplo, cria um padrão com o qual o cérebro não está acostumado, anulando alguns efeitos da marcha. Os olhos e o corpo relaxam com esse novo padrão.
VISUALIZAÇÃO: Como estresse visual é também mental, visualizações de cenas relaxantes melhoram a visão.
Fonte: Paraná-Online

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