segunda-feira, 17 de maio de 2010

INSS em Natal vira birô eleitoral.


Estou sendo acusado de delator, dedo duro, sobre um esquema fraudulento de captação de votos dentro da agência do INSS, rua Apodi, Natal/RN.
Realmente a bomba existe há muito tempo e não tem mais como esconder, estando para explodir em cima de muita gente, principalmente no colo do Deputado Federal Henrique Eduardo Alves.
Recebi telefonemas me ameaçando de morte, recados dizendo que me preparasse para ser processado, para morrer, etc. Tomei todas as providências, inclusive fiz um Boletim de Ocorrência na Polícia Federal.
Nada disso me amedronta. Entendo que a desconfiança em minha pessoa é porque sei como ninguém, como funciona a tramóia dentro do órgão. Desde o ano de 2004, jornais e blog, de página cheia, denunciam o uso eleitoreiro em cima dos pobres contribuintes que, com o suor e trabalho, sacrificam suas próprias vidas para pagar a previdência que em troca vai lhe pagar uma aposentadoria de fome.
Recebi, neste sábado, um recado através de um amigo comum, do Senhor Hermano Ferreira, esposo da servidora do INSS, Rejane Ferreira, me perguntando se eu achei bom o aperto que a Polícia Federal me deu, e que ainda vinha mais. Dizia, ainda, que a esposa dele iria ocupar uma cadeira de Vereadora, haja vista o afastamento de um Vereador durante seis meses. Sobre isto, nada tenho a dizer, mas sobre minha pessoa e as injúrias que recebo tenho muito que falar. Falar do que está preso dentro de mim durante oito longos anos. Falar que na eleição passada a Polícia Federal, através de denúncias, que não foram minhas, não compito com a servidora em nada, fez busca e apreensão na residência do casal e de mais dois assessores, espécies de despachantes na maracutaia política. Nesta busca, Natal toda sabe que levaram um automóvel, dinheiro em espécie e um cadastro de segurados do INSS, com zona, secção de votação de cada um. Este cadastro é para rastrear os segurados atendidos e (psicologicamente) intimidar os contribuintes: se os votos não saírem pedimos revisão dos benefícios. O interessante deste cadastramento é que cada segurado, iludido que tudo que recebeu foi por força política, se torna um cabo eleitoral. Cabo eleitoral eternamente grato e que vai para praça pública de bandeirinha dos candidatos indicados pelo esquema formado dentro do próprio INSS.
Por que até agora ninguém foi punido?
Sabemos que a força política da candidata é o Deputado Henrique Eduardo Alves. É ele que sabe mais do que ninguém da verdadeira lista cadastral, dizem por aí, que chega a 30.000 (trinta mil) os componentes, a Polícia Federal tem o certo.
Tudo teve início em 2004 quando foi mostrado para o Deputado Henrique e ele encantou-se com o que viu. Soube da votação da servidora para o cargo de vereadora no ano de 2004, conseguindo a segunda suplência e em 2008, conseguindo a primeira. É mole?
O Deputado Henrique Alves vê nesse esquema uma maneira de baratear seus votos, bastando, apenas, arranjar empregos para os familiares da candidata e conservando-a intocável dentro do INSS.
A sociedade irá ver que não estou mentindo e o Senhor Hermano Ferreira e sua esposa Rejane irão saber, que quem denunciou, delatou, não fui eu.
Existem dois inquéritos na Polícia Federal, um dos quais a servidora me envolveu. Quando forem concluídos, a verdade aparecerá.
Uma coisa, Senhor Hermano Ferreira, fique certo no que estou dizendo, não preciso me esconder por trás de biombos para prejudicar alguém, embora que este alguém me odeie.
Digo mais uma coisa: Quem anda com a verdade não tem medo de processo.
Quer uma prova? Aguardemos quem vai se licenciar da nossa edilidade para a servidora do INSS assumir.
Tadeu Arruda

Nenhum comentário: