Soneto composto por D. Pedro I, quando do falecimento, 04 de Dezembro de 1826, de sua esposa a Imperatriz D. Leopoldina:
Deus eterno, por que me arrebataste
A minha muito amada Imperatriz?!
Tua divina bondade assim o quis.
Sabe que o meu coração dilaceraste?!
Tu, de certo, contra mim te iraste,
Eu não sei o motivo, nem que fiz,
E por isso direi como o que diz:
Tu m’a deste, Senhor, tu m’a tiraste.
Ela me amava com o maior amor,
Eu nela admirava a sua honestidade,
Sinto meu coração por fim quebrar de dor.
O mundo nunca mais verá em outra idade
Um modelo tão perfeito e tão melhor
De honra, candura, bonhomia e caridade.
sexta-feira, 5 de março de 2010
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