domingo, 13 de dezembro de 2009

Os dez piores crimes contra a humanidade:

10) Hererós e Namaquas
1904-1907
Vítimas:65 mil hererós e 10 mil namaquas
Autor: Alemanha
Foi o primeiro genocídio do século 20, na região onde hoje fica a Namíbia. Os
poucos que não foram expulsos para o deserto de Kalahari acabaram nos campos de
concentração, identificados por números e obrigados a trabalhar até a morte.
Metade dos namaquas e 80% dos hererós foram mortos (os judeus perderam cerca de
35% de seu povo durante o massacre nazista). Um século depois, os alemães
pediram desculpas, mas não ofereceram nenhuma compensação.
Os alemães ainda envenenavam os poços pelo deserto. Anos depois, ossadas foram
achadas em buracos – as pessoas cavavam com as próprias mãos em busca de água.
9) Terror no Timor Leste
1975-1999
Vítimas: 150 mil timorenses
Autor: Indonésia
Quando essa ex-colônia portuguesa no sudeste da Ásia foi ocupada pela
Indonésia, experimentou o inferno: plantações foram queimadas com napalm e seus
reservatórios de água foram envenenados. E cerca de 20 mil pessoas
‘desapareceram’. Mesmo em protestos pacíficos a repressão era brutal. Em 1991,
400 estudantes foram fuzilados em um cemitério por causa de uma passeata,
diante de jornalistas do mundo inteiro.
Em 1999, antes de sair do Timor, milícias indonésias mataram 61 pessoas que
estavam escondidas numa igreja. A atrocidade ficou conhecida como Massacre de
Liquiçá.
8) Crueldade na Bósnia
1992-1995
Vítimas: 200 mil bósnios mortos, 2 milhões de refugiados
Autor: Milícias e exército sérvio
Quando a antiga Iugoslávia se separou em vários Estados, 
os sérvios tentaram
abocanhar o máximo de território. Quem mais sofreu foram os bósnios.
Discriminados por serem muçulmanos, milhares foram executados e enterrados em
valas comuns, enquanto a Europa e os EUA só assistiam. Em Srebrenica, milícias
sérvias, no nariz das tropas da ONU, mataram 8 mil homens entre 12 e 60 anos.
Cerca de 40 mil mulheres bósnias foram sistematicamente estupradas. E quando
engravidavam eram obrigadas a dar à luz
7) Revolta Circassiana
últimas décadas do século 19
Vítimas:400 mil circassianos mortos, 1,2 milhão de exilados
Autor: Império Russo
Por volta de 1860, os russos estavam terminando de dominar o Cáucaso e a região
da Chechênia. Mas no seu caminho estavam os circassianos, povos muçulmanos. Foi
quando o general Yevdokimov teve a brilhante idéia de ‘convidar’ (leia-se
obrigar) os nativos a se mudar para o vizinho Império Otomano. Para garantir
que os montanheses fossem realmente embora, os soldados destruíram aldeia por
aldeia.
A limpeza étnica foi tão completa que hoje ninguém maisna região do Cáucaso
fala os idiomas dos povos circassianos.
6) Porajmos,a caçada aos ciganos
1939–1945
Vítimas:500 mil romanis (ciganos)
Autor: Nazistas
Quando os nazistas chegavam aos acampamentos ciganos, matavam sem dó. Muitas
vezes, eles nem faziam a seleção na chegada aos campos de concentração –
acabavam com todos. Até hoje, os 500 mil ciganos mortos (na proporção, um grupo
tão grande quanto o de judeus assassinados na Segunda Guerra) são pouco
lembrados.
Um dos casos mais macabros do médico nazista Josef Mengele é o dos gêmeos
ciganos Guido e Ina, costurados um ao outro, pelas costas, como siameses. A mãe
matou os dois com morfina para terminar com o sofrimento.
5) Massacre em Ruanda
abril de 1994
Vítimas: 700 mil tútsis mortos e 200 mil refugiados; centenas de hútus mortos
Autor: Milícias hútus
Durante cem dias, milícias hútus promoveram um banho de sangue nesse pequeno
país africano, na tentativa de exterminar os tútsis, outro grupo étnico. Além
da barbárie, o que mais chocou o mundo foi a posição passiva da ONU e das
grandes potências, que assistiram à carnificina sem intervir. Ao final,
guerrilheiros tútsis tomaram o país. Aí, foi a vez de 2 milhões de hútus, com
medo de vingança, deixarem a região.
A principal arma usada para matar os tútsis eram as machetes (facões). Milhares
delas foram importadas da China meses antes, 
num ato calculado de preparação.
4) Morte em massa na Armênia
1915–1917
Vítimas: 1,5 milhão de armênios mortos, 500 mil deportados
Autor: turcos otomanos
Na Primeira Guerra, acusados de traição e de conluio com os russos, 2 milhões
de armênios foram obrigados a deixar suas casas e marchar até uma região
desértica próxima da Síria, onde eram deixados para morrer. É considerado o
primeiro genocídio moderno em larga escala, feito de forma organizada (serviu
de inspiração para Hitler, que sempre o citava como exemplo). Até hoje, a
Turquia nega o massacre.
Quem ‘escoltava’ os armênios até o deserto eram grupos paramilitares formados
por ex-presidiários,que estupravam, roubavam e matavam os exilados durante a
jornada.
3) Sangue no Camboja
1975-1979
Vítimas: 1,7 milhão de pessoas
Autor: Khmer Vermelho
Pol Pot, líder dos comunistas que tomaram o poder no Camboja, resolveu ‘limpar’
o país não de uma etnia específica (embora minorias chinesas e vietnamitas
tenham sido dizimadas depois), mas de todos os que pensassem de uma maneira
anticomunista. Os intelectuais, monges e qualquer pessoa com uma profissão
foram considerados ‘maçãs podres’. Quem não foi fuzilado na hora foi para
campos de reeducação, onde trabalhavam até a morte. É o mais famoso
autogenocídio da História.
O desprezo pela vida marcava o lema do Khmer Vermelho: ‘Manter você vivo não
nos traz nenhum benefício. Destruir você não será nenhuma perda para nós’.
2) Genocídio ucraniano
1932-1933
Vítimas: 3 milhões de ucranianos
Autor: União Soviética
Decidido a transformar a Ucrânia e sua produção de trigo numa fortaleza do
comunismo, Stálin resolveu ‘limpar’ a região do que mais o incomodava: os
ucranianos. Eles não podiam falar seu idioma, foram perseguidos pelo serviço
secreto e deixados sem comida. Bandidos cobravam preços abusivos no mercado
negro, crianças eram abandonadas e até canibalismo rolou no que ficou conhecido
como Holomodor.
Stálin lançou a ‘lei das cinco espigas’. Quem fosse preso pegando comida para
si mesmo era acusado de roubar o Estado. Pena: dez anos de trabalhos forçados
ou até a morte.
1) Holocausto judeu
1939–1945
Vítimas: 6 milhões de judeus
Autor: Nazistas
Além da quantidade, o mais assustador foi a forma quase industrial como os
judeus foram massacrados. No auge dos campos de concentração, as roupas,
dentes, cabelos e até os cadáveres eram reaproveitados pelos nazistas. Homens
mais fortes trabalhavam até a morte, os ‘improdutivos’ iam direto para as
câmaras de gás e outros eram simplesmente executados (calcula-se em 1,4 milhão)
em operações de ‘limpeza’.
O massacre também se deu de outras formas. Cerca de 800 mil judeus morreram de
febre tifóide, desnutrição e outras doenças ao ficarem confinados nos chamados guetos.

Um comentário:

OTONIEL AJALA DOURADO disse...

O 11º PIOR CRIME CONTRA A HUMANIDADE, O DO SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ: GENOCÍDIO ESQUECIDO PELO PODER PÚBLICO!


No CEARÁ, para quem não sabe, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, contudo em piores proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato JOSÉ LOURENÇO, seguidor do padre Cícero Romão Batista.


A ação criminosa deu-se inicialmente através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como feras enlouquecidas, como se ao mesmo tempo, fossem juízes e algozes.


Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e por isso a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que sejam obrigados a informar a localização exata da COVA COLETIVA onde esconderam os corpos dos camponeses católicos assassinados na ação militar de 1937.


Vale lembrar que a Universidade Regional do Cariri – URCA, poderia utilizar sua tecnologia avançada e pessoal qualificado, para, através da Pró-Reitoria de Pós Graduação e Pesquisa – PRPGP, do Grupo de Pesquisa Chapada do Araripe – GPCA e do Laboratório de Pesquisa Paleontológica – LPPU encontrar a cova coletiva, uma vez que pelas informações populares, ela estaria situada em algum lugar da MATA DOS CAVALOS, em cima da Serra do Araripe.


Frisa-se também que a Universidade Federal do Ceará – UFC, no início de 2009 enviou pessoal para auxiliar nas buscas dos restos dos corpos dos guerrilheiros mortos no ARAGUAIA, esquecendo-se de procurar na CHAPADA DO ARRARIPE, interior do Ceará, uma COVA COM 1000 camponeses.


Então qual seria a razão para que as autoridades não procurem a COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO? Seria descaso ou discriminação por serem “meros nordestinos católicos”?


Diante disto aproveitamos a oportunidade para pedir o apoio de todos os cidadãos de bem nessa luta, no sentido de divulgar o CRIME PERMANENTE praticado contra os habitantes do SÍTIO CALDEIRÃO, bem como, o direito das vítimas serem encontradas e enterradas com dignidade, para que não fiquem para sempre esquecidas em alguma cova coletiva na CHAPADA DO ARARIPE.


Para que as vítimas ou descendentes do massacre sejam beneficiadas pela ação, elas devem entrar em contato com a SOS DIREITOS HUMANOS para fornecerem por escrito e em vídeo seus depoimentos sobre o período em que participaram da comunidade do Caldeirão, sobre como escaparam da ação militar, e outros dados e informações relevantes sobre o evento.



Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – (85) 8613.1197 – (85) 8719.8794
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
www.sosdireitoshumanos.org.br