O senador Walter Pereira (MT), em aparte, denunciou o que chamou de campanha contra o Senado, o que quer dizer “contra a democracia”.
Estava na tribuna o Primeiro-Secretário, Heráclito Fortes (PI), discorrendo sobe as providências já tomadas e ainda a tomar contra os escândalos que estão sendo objeto de noticiário da imprensa.
O senador recordou o fechamento do Congresso pela “ditadura”, dando a entender que há setores interessados em que o fato se repita.
Ora, nada foi desmentido sobre o que foi divulgado. Pelo contrário, confirma-se o verdadeiro deboche no Senado, em termos de diretorias: 181, que, somadas às 104 da Câmara, dá um diretor para cada dois parlamentares, com salários entre dezoito e trinta mil reais.
O que está nos jornais é produto da ação exclusiva de deputados e senadores. Não há nenhum setor interessado em fechar o Congresso, mas apenas que ele funcione com seriedade, dentro dos princípios da moral administrativa.
Quem quer fechar o Congresso é quem inventou “verba indenizatória” como segundo salário; emendas parlamentares recebidas pelos prefeitos, transformadas em foco de corrupção; quem faz do gabinete quarto de motel.
A imprensa não tem nenhum interesse no fechamento do Congresso. O que ela e a sociedade querem é um Parlamento sério, que dê exemplo pelo seus atos. Não há campanha contra o Senado, mas uma reação pública contra a falta de compostura de quem tem o dever moral de exercer o mandato com seriedade.
O senador recordou o que chamou de “ditadura”, mas não é capaz de apontar um fato sequer dos governos dos generais parecido com o que ocorre na Câmara e no Senado. Nem ele, nem ninguém.
O povo, sim, é que deve aprender a escolher melhor seus representantes no Congresso.
TEMISTOCLES DE CASTRO E SILVA
Jornalista e advogado
sábado, 11 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário