domingo, 19 de julho de 2009

Seresta

Noite cheia de estrelas

Noite alta, céu risonho,
A quietude é quase um sonho,
O luar cai sobre a mata,
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor.
Só tu dormes, não escutas
O teu cantor,
Revelando à lua airosa
A história dolorosa desse amor.
Lua, manda a tua luz prateada
Despertar a minha amada.
Quero matar meus desejos,
Sufocá-la com meus beijos.
Canto e a mulher que eu amo tanto
Não me escuta, está dormindo.
Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim,
Pois ao ver que quem te chama sou eu,
Entre a neblina se escondeu.
Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa,
As estrelas tão serenas,
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar.
Todo o astral ficou silente
Para escutar
O teu nome entre as endeixas
E as dolorosas queixas ao luar.

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