sábado, 15 de dezembro de 2007

VALEU GARIBALDI

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) foi eleito nesta quarta-feira (12) como novo presidente do Senado e deverá exercer a função até fevereiro de 2009. Ele assume a vaga deixada por Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou no último dia 4, após uma série de denúncias que resultaram na abertura de cinco processos de cassação no Conselho de Ética. Em votação secreta, ele obteve expressiva maioria de votos, inclusive da oposição: 68 votos a favor, oito contra e duas abstenções. Não estavam presentes na hora da votação os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), João Vicente Claudino (PTB-PI) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).Garibaldi afirmou que vai montar a pauta do plenário a partir do entendimento dos líderes e não ofereceu resistência à análise de matérias polêmicas, como a redução da maioridade penal. "Vou me reunir com os líderes. Na verdade, como todos os presidentes têm essa expectativa, quero fazer avaliação com os líderes do que podemos apreciar até o final do período legislativo. E dessa triagem é que nascerá a nova pauta dos nossos trabalhos", pondera.O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), indicado por seu partido para ocupar a presidência do Senado no lugar de Renan Calheiros, nasceu em Natal (RN) em 4 de fevereiro de 1947. Pai de dois filhos e bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é filiado do MDB e do PMDB desde o início de sua carreira política.Após cumprir quatro legislaturas como deputado estadual no Rio Grande do Norte, entre 1971 e 1987, Garibaldi elegeu-se prefeito de Natal. Em 1991, assumiu como senador por seu estado, mas renunciou em 1994 para disputar o governo potiguar. Eleito e reeleito, comandou o governo do RN entre 1995 e 2002, quando retomou e ampliou o Programa do Leite no estado, com o objetivo de reaquecer a produção e beneficiar famílias carentes. Atualmente, Garibaldi representa o RN no Senado pela segunda vez e tem mandato até 2011. Foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, e entregou, em junho de 2006, um parecer com 1.430 páginas sobre o trabalho de um ano de investigações dessa CPI, criada para descobrir as relações financeiras de empresários, políticos e autoridades com o jogo do bingo.
Transcrito do Jornal Globo.

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