domingo, 15 de junho de 2014

Diga não à fofoca!

Não é nenhuma novidade que o ambiente corporativo está infestado de fofocas. Você pode ficar aliviado (ou talvez mais preocupado ainda...), pois não é uma característica exclusiva de sua organização. Falar dos outros, ao invés de dizer-lhes diretamente nossa crítica ou discordância, é próprio do ser humano.


Adoramos julgar e principalmente criticar os outros como uma forma de nos sobressairmos na constante competição pelo reconhecimento de nossos pares e superiores. Aquela farpinha venenosa que largamos no comentário descontraído do café, será ampliada na hora do almoço e ao final do dia a fofoca já destroçou a competência ou a moral da vítima, sem ela ter a mínima chance de se defender.

O pior é que ouvidos despreparados podem tomar uma fofoca como verdade e, na próxima oportunidade em que a pessoa estiver com a vítima da fofoca, já estabelecerá seu relacionamento nas bases de uma premissa que pode ser totalmente falsa. Eu já vivi uma situação em que se eu me relacionasse com a pessoa baseado na avaliação maldosa que me passavam, seria um desastre total para ambos. Eu me relacionaria com a imagem que me venderam e não com minha
própria percepção e julgamento da interação com esta pessoa.

Quando compramos o peixe (podre) do jeito que nos vendem e resolvemos credulamente fazer dele uma bela muqueca, o resultado pode ser muito indigesto. Estamos assumindo que as discordâncias e entreveros que o “vendedor” teve com a vítima devem ser nossos também. Ou seja, estamos nos excluindo como uma pessoa que tem capacidade de julgamento, ética e opinião própria. Pode até ser que algumas das críticas que nos empurraram ouvido adentro até sejam verdadeiras em certa medida, mas a avaliação e experiência deve ser a nossa e não dos fofoqueiros de plantão.

Portanto, não faça de sua orelha um vaso sanitário de fofocas e difamações, um dia, a vítima de entupimentos das relações intepessoais poderá ser você.
Por roberto Santos

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