O primeiro encontro deu-se em 1994. Podia até parecer um encontro qualquer se não fosse a linda história que ela tinha para contar.
Hoje, passando pela mesma residência fiz questão conversar com ela, dona Maria da Conceição Carlos, a mulher que me encheu de curiosidade. Queria saber tudo sobre ela.
Ela, um arquivo vivo de um passado vivido entre as quatro maiores autoridades que governaram o Rio Grande do Norte.
Quebrando o gelo e num apertado abraço, fui logo perguntando se ela se lembrava de mim?
Com um olhar tenro e uma excelente memória, completamente lúcida, disse que sim dando início a nossa conversa:
_ Qual a sua idade?
_ Estou dentro dos 97 anos, nasci em 17 de Dezembro de 1917, em Vilar, município de Ceará- Mirim na fazenda de Joca Sobral.
_ Quantos filhos a senhora teve?
_ Tive nove filhos, seis estão vivos.
_ Foi casada com quem?
_ Com Severino Miguel Francisco. Em 1946 ele foi para o Amazonas e nunca mais voltou. Depois soube que ele morreu de malária. Foi o grande amor de minha vida.
_ Quem levou a senhora para trabalhar na casa do governador?
_ Comecei a trabalhar aos quinze anos na casa de Valdemar de Sá. Lá aprendi muita coisa, principalmente na arte de cozinhar. Então, certo dia, dona Dulce de Sá, esposa de seu Valdemar, disse que havia me indicado para trabalhar como cozinheira na casa do governador Sylvio Pedroza.
_ Qual o prato que ele mais gostava?
_ Ele adorava panqueca. Era um homem muito educado, sempre atencioso.
_ Depois do governador Sylvio Pedroza você trabalhou com quem?
_ Com Dinarte Mariz. Também me tratava muito bem. Seu prato preferido era cozido de boi.
_ Depois de dinarte Mariz?
_ Trabalhei com Aluizio Alves. Não tinha preferência por pratos, comia de tudo.
_ Depois de Aluízio Alves?
_ Trabalhei com Monsenhor Walfredo Gurgel. O prato preferido dele era ensopado.
_ Dona Conceição qual o maior sonho de sua vida?
_ Meu filho o maior sonho de minha vida é ter uma casa para morar.
_ A senhora está aposentada?
_ Estou sim, ganhava um salário mínimo e meio, no governo de Fernando Henrique diminuiram para um.
_ A senhora tem medo da morte?
_ Não, de jeito nenhum. Tenho medo de deixar minhas amizades da igreja.
_ A senhora se sente uma mulher feliz?
_ Muito, muito mesmo, pois tenho Deus no meu coração.
_ A senhora falou dos pratos que os governadores mais gostavam, fale, então, do seu.
_ O que eu mais gosto é de massas e frutas.
_ Com quantos anos sua mãe morreu?
_ Minha mãe morreu com 66 anos. Morreu de uma gripe lavando roupa num rio em Ceará-Mirim.
Terminado nosso encontro, tiramos alguma fotos, e eu saí da casa dela com tantos pensamentos soltos. Uma hora pensava o quanto ela foi forte para criar a família sem a ajuda do
marido, outra, pensava como a vida foi sovina com ela, pois nem uma casa própria ela possui, apesar que no governo de Aluízio Alves, o próprio Aluízio Alves havia prometido uma casa na Cidade da Esperança.
Hoje, passando pela mesma residência fiz questão conversar com ela, dona Maria da Conceição Carlos, a mulher que me encheu de curiosidade. Queria saber tudo sobre ela.
Ela, um arquivo vivo de um passado vivido entre as quatro maiores autoridades que governaram o Rio Grande do Norte.
Quebrando o gelo e num apertado abraço, fui logo perguntando se ela se lembrava de mim?
Com um olhar tenro e uma excelente memória, completamente lúcida, disse que sim dando início a nossa conversa:
_ Qual a sua idade?
_ Estou dentro dos 97 anos, nasci em 17 de Dezembro de 1917, em Vilar, município de Ceará- Mirim na fazenda de Joca Sobral.
_ Quantos filhos a senhora teve?
_ Tive nove filhos, seis estão vivos.
_ Foi casada com quem?
_ Com Severino Miguel Francisco. Em 1946 ele foi para o Amazonas e nunca mais voltou. Depois soube que ele morreu de malária. Foi o grande amor de minha vida.
_ Quem levou a senhora para trabalhar na casa do governador?
_ Comecei a trabalhar aos quinze anos na casa de Valdemar de Sá. Lá aprendi muita coisa, principalmente na arte de cozinhar. Então, certo dia, dona Dulce de Sá, esposa de seu Valdemar, disse que havia me indicado para trabalhar como cozinheira na casa do governador Sylvio Pedroza.
_ Qual o prato que ele mais gostava?
_ Ele adorava panqueca. Era um homem muito educado, sempre atencioso.
_ Depois do governador Sylvio Pedroza você trabalhou com quem?
_ Com Dinarte Mariz. Também me tratava muito bem. Seu prato preferido era cozido de boi.
_ Depois de dinarte Mariz?
_ Trabalhei com Aluizio Alves. Não tinha preferência por pratos, comia de tudo.
_ Depois de Aluízio Alves?
_ Trabalhei com Monsenhor Walfredo Gurgel. O prato preferido dele era ensopado.
_ Dona Conceição qual o maior sonho de sua vida?
_ Meu filho o maior sonho de minha vida é ter uma casa para morar.
_ A senhora está aposentada?
_ Estou sim, ganhava um salário mínimo e meio, no governo de Fernando Henrique diminuiram para um.
_ A senhora tem medo da morte?
_ Não, de jeito nenhum. Tenho medo de deixar minhas amizades da igreja.
_ A senhora se sente uma mulher feliz?
_ Muito, muito mesmo, pois tenho Deus no meu coração.
_ A senhora falou dos pratos que os governadores mais gostavam, fale, então, do seu.
_ O que eu mais gosto é de massas e frutas.
_ Com quantos anos sua mãe morreu?
_ Minha mãe morreu com 66 anos. Morreu de uma gripe lavando roupa num rio em Ceará-Mirim.
Terminado nosso encontro, tiramos alguma fotos, e eu saí da casa dela com tantos pensamentos soltos. Uma hora pensava o quanto ela foi forte para criar a família sem a ajuda do
marido, outra, pensava como a vida foi sovina com ela, pois nem uma casa própria ela possui, apesar que no governo de Aluízio Alves, o próprio Aluízio Alves havia prometido uma casa na Cidade da Esperança.
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