Foto Internet
Escutava sempre de um sertanejo de fala mansa, sempre cofiando o bigode, no alto de seus oitenta anos, que política é como o vento: sempre muda de direção. Vendo esta foto comecei abrir o arquivo da memória, lembrando-me do meu primo Cid Arruda. Lembrei-me das suas lutas, do apego ao deputado Robinson Faria. Das grandes batalhas, das trocas de elogios, elogios mútuos, amigo irmão, meu líder, deputado amigo do agreste, prefeito trabalhador... Como uma mudança repentina acontece sem um passado de amizade e lealdade pesar na consciência dos dois? Ou não era amizade e lealdade, era outra coisa, não cabendo a eu fazer juízo de valor. Agora, cabe perguntar a Cid se todo o esforça dele, uma vida dedicada a Robinson Faria, uma luta ferrenha e duradoura combatendo o inimigo comum, o mesmo adversário, terminar Robinson se aliando a quem no passado o combatia com veemência e ódio? Seria um Calabar dos tempos modernos?
Cid, onde estão teus clamores, teus apelos nas rádios, nos comícios em praça pública, a todo pulmão, gritando, brigando, varando noites e madrugadas, defendo o nome Robinson Faria? De que valeu, você, muitas e muitas vezes preterir o nome de seu próprio irmão para votar nos candidatos de Robinson Faria? Uma coisa eu sei, você não é de trair, até porque fluem no teu sangue os genes da lealdade e da gratidão. Agora, saber que o azimute da história política de Nova Cruz foi mudado por interesses mesquinhos em proveito próprio, dói na consciência de um povo. Um povo humilde que vive num município carente, com dificuldade de emprego, escolas, e agora manipulado pelos conchavos inescrupulosos que afronta o sentimento de um povo que aprendeu amar Robinson Faria.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
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