domingo, 9 de novembro de 2008

Estudo revela que cafeína pode ajudar a combater risco de Alzheimer

da Efe, em Washington
Uma dose diária de cafeína no café-da-manhã pode combater os efeitos do colesterol ligados ao mal de Alzheimer, revelou nesta quarta-feira um estudo divulgado na internet pelo "Journal of Neuroinflammation".
Segundo cientistas da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade de Dakota do Norte, essa dose pode proteger a "barreira cérebro-sangue" (BBB, na sigla em inglês) do dano causado por uma dieta com alto teor de lipídios.
O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa incurável que afeta principalmente os idosos de 65 anos. Começa com problemas de perda de memória, continua com demência e termina com a morte do paciente.
A barreira protege o sistema nervoso central e estudos anteriores demonstraram que os altos níveis de colesterol dissolvem esta estrutura de defesa que já não pode protegê-lo das lesões causadas pela contaminação transportada pelo sangue.
Pesquisa
Em seu trabalho, os cientistas usaram coelhos aos quais administraram diariamente 3 mg de cafeína, equivalente a uma taxa de café consumida ao dia por uma pessoa. Ao mesmo tempo, foi dado aos animais uma dieta rica em colesterol.
Após 12 semanas, os testes de laboratório estabeleceram que a barreira BBB estava virtualmente intacta nos coelhos aos quais tinha sido administrada a dose de cafeína.
"A cafeína parece bloquear os efeitos do colesterol que causam filtragens na barreira", manifestou Jonathan Geiger, cientista da Universidade de Dakota do Norte.
"Os altos níveis de colesterol são um fator de risco para o mal de Alzheimer, talvez porque comprometem a proteção que oferece a barreira BBB. Pela primeira vez demonstramos que o consumo crônico de cafeína protege a BBB de filtragens induzidas pelo colesterol", acrescentou.
Segundo os cientistas, o estudo também confirma e amplia os resultados de outras investigações que comprovaram que o consumo de cafeína protege uma pessoa da perda de memória e dos efeitos do mal de Alzheimer.
"A cafeína é uma medicina segura e de livre disponibilidade. Sua capacidade de estabilizar a barreira significa que poderia ser parte importante de tratamentos contra os transtornos neurológicos", acrescentou Geiger.

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