segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Hilária vingança! Tadeu Arruda Câmara


A gente vê coisas na vida que o jeito é rir mesmo. O ano de 2002 foi um ano cheio de surpresas políticas no nosso Estado. A professora Vilma de Faria elegeu-se governadora do nosso Estado num verdadeiro ato de coragem quando teve de renunciar à Prefeitura do Município de Natal para enfrentar velhas raposas endinheiradas da nossa política.
Na assembleia Legislativa o deputado Robinson Faria elegeu-se seu presidente com unanimidade.
Assim que Robinson foi empossado, algumas pessoas do seu convívio perderam completamente a humildade. Dentre eles uma figura oriunda de Nova Cruz, muito conhecida no mundo das bajulações políticas, mudou o perfil totalmente, nem o próprio presidente mostrava-se tão arrogante. A figura só usava paletó, diante de seu porte pequeno, mais parecia um galinho da Índia, gritando todo mundo. Certa vez eu andava pelos corredores da Assembleia quando escuto um estridente grito: “Não está vendo este lixo no chão, depois quem vai pagar o pato sou eu”. Era a figura ordenando a um ASG (Auxiliar de Serviços Gerais) de uma empresa contratada, para se abaixar e pegar um pedacinho de papel que se encontrava pelos escorregadios mármores daquela casa. Depois do sucedido fui até à presença do ASG confortá-lo. Escutei dele: “Isto é um nojento, um baba-ovo”. Disse, ainda, que uma época tinha vindo de Nova Cruz e não tendo onde dormir, aí dormia no escritório do deputado na Av. Alexandrino de Alencar. Acontece que correu um boato que estavam levando mulher para transar dentro do recinto e ele era o culpado. Briga vai, briga vem, o caso foi apurado. Na confusão a figura levanta a voz e diz: estou vendo uma mancha de esperma no chão, é verdade ele está trazendo mulher mesmo. Neste instante o baba-ovo abaixa-se e cheira a mancha dizendo olhe aí é esperma mesmo. Escutei na maior das gargalhadas, pedi a ele paciência que tudo era passageiro.
O tempo foi passando e o baba-ovo mais arrogante ainda. Enchia o peito dizendo que eles, incluindo o próprio deputado, sempre estiveram por baixo, mas agora era a vez deles. Certo dia numa eleição houve um desentendimento do deputado com uma liderança lá da Tromba do elefante, coisa séria mesmo. Alguém escutou a voz do deputado para o baba-ovo: você teve coragem de fazer isto comigo. Pronto, o mundo caiu para o arrogante e autoritário bajulador. O homem perdeu todo prestígio.
Certo dia encontro-me com o ASG no andar térreo da assembleia. Conversa vai conversa vem, quando vejo a figura do baba-ovo cabisbaixo, sem paletó, andando a esmo. Não perco tempo e pergunto está conhecendo? Ele responde em cima da bucha: quem não conhece? É “Zé bostinha!” É como está conhecido por aqui! E deu a maior das gargalhadas.

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