sábado, 22 de fevereiro de 2014

Tadeu Arruda Câmara

Muita gente engana-se ao meu respeito. Sou produto de duas famílias numerosas, não obstante em constante desarmonia.
Nunca fui tutelado por ninguém, logo cedo cai na vida para ter meu próprio sustento. Aos dezesseis anos de idade pedi ao meu pai uma grana para levar uma paquera ao cinema, diante da sua negação criei logo vergonha na cara.
Levo uma vida tranquila, riqueza para mim é viver satisfe...ito com o que a vida me oferece. Só eu sei os caminhos que palmilhei! Só eu sei as injustiças que passei, mas em momento algum baixei a cabeça. A vida segue, tenho que deixar meu exemplo para os netos. Em matéria de dar a volta por cima fui um verdadeiro acrobata. No amor fui vitorioso, sempre amei mais do que fui amado.
Fui abençoado por Deus, tudo que a Ele pedi, recebi em dobro! O segredo foi pedir em silêncio, o barulho diminui nossas forças e irrita os ouvidos do criador.
Houve um tempo que eu não tinha uma bicicleta para andar, como também houve um tempo que o problema foi garagem para colocar meus carros. Nada disso mudou minha personalidade, sempre fui autêntico, verdadeiro.
Algumas vezes tive que mentir, não para prejudicar, mas para ajudar. Certa vez tive que mentir para ajudar a mim mesmo, até hoje morro de arrependimento, sinto nojo.
Sou amante dos livros, com alguns naveguei no vasto mar da sabedoria, da experiência. Foi através deles que me alforriei dos grilhões dos preconceitos, da soberba.
Trago no meu rosto um sorriso, não desenhado; esculpido, mas verdadeiro. Faço dele o tradutor dos meus sentimentos mais profundos, um elo permanente com as pessoas que quero bem, que fazem parte do meu mundo.

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