terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rompeu por quê? Por que rompeu?


Rompeu por quê? Por que rompeu?

Até agora, não vi nenhuma pessoa sair em defesa de Robinson Faria, pelo menos de maneira aberta e justa. Não sei se estão dando uma de São Pedro, que quando os soldados romanos disseram: tu és um deles, e ele simplesmente negou Cristo três vezes, do jeito que Cristo havia profetizado, ou simplesmente estão sob o comando de uma força maior.
Quantos viveram ou vivem às expensas da força política do vice-governador e silenciaram por medo. Medo de enfrentar um desemprego, medo de perder as benesses governamentais ou simplesmente por serem fracos e ingratos.
Tenho pavor de julgar, principalmente quando se trata de pessoas das quais gosto. Agora analisar uma situação que está sendo motivo de todo tipo de comentário, muitos deles injustos, aí a coisa muda.
Se eu dissesse que Robinson queria somar forças, acabava de criar um partido na intenção, talvez, de mostrar serviços, criando um bom canal entre o grupo vitorioso e a presidência da república, você acreditaria? Se eu dissesse que ele, pela experiência que tem, jamais romperia com o governo, principalmente quando ainda nem se desmontaram os palanques da campanha, você acreditaria? Pois bem, enquanto Robinson atinha-se ao restrito reduto eleitoral do Agreste, servindo de escada para eleger aqueles que hoje lhe atiram pedras, ele prestava e era chamado de líder. Quando ele pensou em expandir seus tentáculos políticos para outras regiões, principalmente ao Oeste, a coisa mudou. Devemos lembrar que Robinson hoje tem um filho deputado federal. É para ele que Robinson pede votos, deixando os que ele apoiava disputando palmo a palmo os redutos de outrora. Isso inflama mais ainda.
Quem foi a Salomé que pediu a degola de Robinson? Foi o senador José Agripino? Foi o ex-grupo ao qual ele pertenceu, induzindo o deputado Henrique Alves a aportar junto a governadora, trazendo as boas novas do Palácio da Alvorada?
O epicentro de tudo não partiu da governadora, tampouco do “primeiro damo”, seu esposo Carlos Augusto Rosado, figura de bom caráter, porém de pavio curtíssimo, que embalado pelos fuxicos e ciumeiras de Salomé, deixou-se emprenhar pelos ouvidos. Tentaram passar Robinson como traidor, coisa que ele não é. O temperamento dele não permite!
Somando tudo isso à ameaça de se criar a velha e temida terceira força eleitoral, a degola foi iminente.
Em política existe uma coisa importantíssima, que é o tempo. Tempo de falar, tempo de calar. Robinson mergulhou pela força das circunstâncias, está calado e não autoriza ninguém a falar por ele, mas defender pode.
O mal de nossos políticos é acreditar em babão. É não saber distinguir adulador e assessor. É esquecer-se de ouvir o lado difamado. Eu mesmo já fui vítima de uma “assessora” do nosso vice-governador, quando ele era presidente da Assembléia Legislativa. Sofri horrores, mentiras, todo tipo de perseguição. A prepotência dessa assessora era tão grande, que passei quinze dias para falar com ela sobre assuntos de interesses do próprio deputado e, quando ela resolveu me atender, deu-me um chá de cadeira das dez horas da manhã até as dezoitos horas. É bom ela lembrar que passou um bom tempo na Espanha por conta de um determinado Órgão público e deixar a vida dos homens honrados de lado!

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