SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) - Cerca de 150 pessoas fizeram, na madrugada desta segunda-feira, uma vigília em frente à casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A maioria dos manifestantes é sindicalista e foi lá mostrar seu apoio a Lula. O ato, que teve apoio de movimentos sociais e centrais sindicais, foi uma resposta a liminar dada pelo ministro Gilmar Mendes Supremo Tribunal Federal (STF), que impede que o líder petista assuma o cargo de ministro da Casa Civil.
O ex-presidente, nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff, deveria assumir o cargo na terça-feira. Mas o caso está sendo avaliado pelo Supremo Tribunal Federal.
Em discurso que encerrou o ato Vicentinho agradeceu a presença da militância no protesto da última sexta-feira que reuniu, segundo a PM, 80 mil pessoas na avenida Paulista e criticou o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
- Não é possível que um presidente da Câmara, com provas robustas de corrupção, conduza um processo de impeachment - disse.
A vigília, que teve início por volta das 4h30m desta manhã, fechou a avenida Francisco Prestes Maia nos dois sentidos. Os manifestantes começaram a deixar o local às 7h40m.
A defesa de Lula e o governo apelaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar das mãos do ministro Gilmar Mendes todas as decisões judiciais que envolvam o petista e para barrar qualquer decisão do juiz Sérgio Moro no processo, até que o plenário do Supremo se manifeste sobre o caso. Nos pedidos, os advogados de Lula e a Advocacia-Geral da União (AGU) sugerem que o relator da Lava-Jato no STF, Teori Zavascki, assuma o caso do ex-presidente. A petição de Lula argumenta que cabe a Teori, e não a Gilmar, a prerrogativa de examinar processos relacionados à Lava-Jato.
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