terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Transcrito correio brasiliense

Garibaldi aceita condições do PSDB para apoiá-lo à presidência Da FolhaNews
11/12/200719h49-O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse hoje estar disposto a aceitar as condições impostas pelo PSDB para conquistar o apoio dos tucanos nas eleições para a presidência do Senado. O peemedebista disse acreditar no apoio de todos os partidos à sua candidatura, sem o lançamento de outros nomes na disputa no momento da votação --marcada para esta quarta-feira. "Claro que se eu conseguir consenso entre os demais partidos, eu terei muito mais autoridade [para presidir a Casa] do que se partimos para a disputa, mesmo sabendo que a disputa é democrática", afirmou Garibaldi. O peemedebista disse, porém, que vai precisar do apoio de todos os partidos para implementar parte das condições impostas pela bancada tucana. "Isso nós vamos fazer juntos. Eu pretendo fazer um trabalho de recuperação da credibilidade do Senado junto com o líderes partidários." O senador disse que, como sua principal plataforma de campanha, está a recuperação da imagem do Senado --abalada após a crise política que atingiu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por mais de seis meses, desde maio deste ano. "A credibilidade não se recupera com palavras, discursos. Só vamos recuperá-la com trabalho, com as reformas política e tributária para discuti-la e votá-la", afirmou. Se for eleito presidente do Senado, Garibaldi disse que vai trabalhar para modificar o rito de tramitações das matérias na Casa. O peemedebista também pretende manter a independência de suas ações em relação ao Palácio do Planalto, como sugerido pelo PSDB. Os tucanos condicionaram o apoio à candidatura de Garibaldi ao compromisso do peemedebista em detalhar como será sua relação com o governo federal, o seu tratamento com os partidos de oposição, assim como mostrar disposição em colocar em votação vetos presidenciais e ações de transparência no Senado. "Autonomia não significa confronto com o Executivo, mas independência de um poder em relação ao outro. Eu não vejo dificuldade em assumir esses compromissos. Tenho o compromisso fundamental que é com o Senado. Eu tenho, eles têm, todos nós temos", afirmou. Eleições O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), marcou as eleições para esta quarta-feira, a partir do meio-dia. O nome de Garibaldi foi indicado pela bancada do PMDB que, por reunir o maior número de senadores, tem a prerrogativa de apontar o nome que vai substituir o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando da Casa. O PSDB promete lançar um nome independente na disputa somente se Garibaldi não acatar as condições impostas pelo partido. O peemedebista conta com o apoio de partidos da base aliada do governo e do DEM --já que o líder democrata no Senado, José Agripino Maia (RN), é aliado de Garibaldi no Estado. "O DEM fez uma reunião e vai apoiar a candidatura dele como consensual. Eu espero que ele implemente medidas como o rodízio de relatores de medidas provisórias, a transparência do Legislativo e a não submissão aos outros poderes. Ele disse que está de acordo com essas teses", disse Agripino.

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