Brasília, quinta-feira, 06 de dezembro de 2007
Ex-governador do RN é preso em Brasília acusado de falsidade ideológica Da Agência Estado
05/12/200719h39-O ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Antonio da Câmara Freire foi preso nesta quarta-feira em Brasília acusado de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e peculato. Ele foi detido por policiais militares do Distrito Federal por volta das 8h, no hotel Naun Plaza, no setor hoteleiro Sul. O mandado de prisão foi expedido pela 8ª Vara Criminal de Natal a pedido do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Freire responde a ação penal na Justiça do Rio Grande do Norte por desviar recursos públicos entre janeiro e dezembro de 2002, quando governou o Estado depois que Garibaldi Alves (PMDB-RN) deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado. O suposto esquema ficou conhecido como “caso dos gafanhotos”. Segundo denúncia feita pelos promotores do Patrimônio Público do Estado, o ex-governador se apropriava de gratificações dadas a 40 funcionários fantasmas. Além de Freire, também foram denunciados uma funcionária do governo, que retirava o dinheiro das contas, e um gerente do Banco do Brasil, que facilitava os saques. Os promotores solicitaram a prisão preventiva de Freire porque, segundo o Ministério Público, o ex-governador não comparecia aos depoimentos ou não era localizado em sua residência para receber as notificações. A Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva no mês passado e encaminhou o mandado às polícias Federal e Militar do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro, onde o ex-governador estaria morando com familiares, segundo informações do Ministério Público. O setor de inteligência do Ministério Público descobriu que Freire estava em Brasília e pediu auxílio da Polícia Militar do Distrito Federal para prendê-lo. Segundo o Ministério Público, o ex-governador ainda está em Brasília aguardando a chegada de um delegado que foi designado para levá-lo até Natal, onde ficará preso no Quartel da Polícia Militar. Outro lado O advogado Fábio Holanda, que defende o ex-governador, explicou que nas duas vezes que Freire foi intimado a prestar depoimento não compareceu por problemas de saúde. Segundo Holanda, em ambos os casos foi juntado ao processo atestado médico justificando a ausência. Holanda explicou ainda que Freire mora na mesma casa desde 1980 e que, no caso de não ser localizado em sua residência, a Justiça poderia notificá-lo por meio de seu advogado. “Nós respeitamos o Poder Judiciário, mas não podemos admitir atos de arbitrariedade de promotores que conseguiram um mandado para uma prisão arbitrária para uma pessoa que está em local certo e sabido”, afirmou Holanda.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
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